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Rita Mendes, 26 anos 25/10/2017 Lituânia

Passaram já 2 meses desde que voltei definitivamente do meu EVS, portanto desde que o meu projecto na Lituânia, na pequena cidade de Biržai, acabou. Resumir um ano inteiro de experiências e novidades é obviamente impossível, e muito, muito, fica por dizer. Numa primeira abordagem acho que posso dizer que este ano esteve muito perto de ser o que eu poderia pedir como perfeito. Tudo teve o seu lugar certo, tudo teve o seu sítio e tempo certos. Nada aconteceu de repente ou fazendo prever stress ou tensão e a tudo foi permitido ter fôlego, percepção e um ritmo a que muitos apelidam de saudável. Houve tempo para tudo. Para novas experiências, para muitas conversas, para muitos passeios, para ter muito contacto com a natureza, para deslocar a pé. Houve tempo para trabalhar e para lazer. Aprendi Tanta coisa. Aprendi tanto! Que não cabe aqui nem em qualquer livro que possa escrever. Mas vou tentar dar umas pistas. Trabalhei todo o ano num museu regional, no “Biržų Krašto Muziejus SĖLA”, onde se pode visitar e aprender sobre a História da pequena cidade de Biržai desde os tempos da Pré-História até aos dias de hoje, destacando a sua importância e impacto na história da Europa de leste e da própria Lituânia. Dei visitas guiadas, ajudei na montagem e desmontagem das novas exposições, dei aulas e workshops de inglês, trabalhei com documentos e traduções, encarnei o papel de uma antiga duquesa para celebrações matrimoniais que o museu oferece, digitalizei fotografias antigas impressas em vidro, dei alguns workshops oferecidos pelo museu, como é o caso do workshop de degustação de cerveja, entre outras coisas. Para fazer este último, fui convidada a aprender o processo de fabrico da cerveja artesanal mais antiga da Lituânia, que ainda hoje se produz e comercializa, e que é um dos elementos locais mais tradicionais. Em todo este processo aprendi muito sobre as famílias mais influentes da Lituânia e Polónia desde o séc. XIV até aos processos de independência mais recentes destes países e dos restantes países Bálticos e da Europa de Leste e do Norte, que, confesso, pouco sabia antes, e aqui pude aprender ouvindo também histórias na 1ª pessoa. Tive oportunidade de aprender um pouco de lituano, mas também de desenvolver o meu espanhol, inglês e até aprender um pouco de polaco, juntando uma ou outra palavra de georgiano e outras línguas dos inúmeros voluntários com quem me cruzei. Podia continuar a tentar descrever muitas e muitas coisas e actividades, mas a realidade é que este ano foi um mundo sem fim de experiências e vivências, de aprendizagens com as mais variadas pessoas, percorrendo um pouco todas as idades desde as crianças das escolas aos trabalhadores adultos do museu. Um especial obrigada aos 6 magníficos com quem partilhei esta aventura e as nossas próprias casas. Nunca os esquecerei. De igual forma, um especial obrigada a todo o staff do museu, que foi muito mais do que isso, incrível e por vezes surpreendente em toda a forma como nos recebeu e envolveu no seu dia-a-dia, vida e cultura. Uma verdadeira família. Em conjunto, estas foram algumas das principais razões para este ter sido um dos anos mais completos que tive até hoje. AČIU LABAI, LABAI !! Aš tavęs pasiilgau labai!!

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