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Renata Pascoal, 28 anos 14/02/2016 Letónia

Realizei um mês de voluntariado na Letónia e posso afirmar que foi uma experiência única e inesquecível. A instituição de acolhimento era o centro juvenil de Vecpiebalga e o principal objetivo era auxiliar na organização de um show de talentos para as escolas, participar no mesmo e organizar alguns workshops e atividades nas escolas locais. A municipalidade de Vecpiebalga localizava-se a cerca de 2 horas e meia de autocarro a Este da capital e confesso que quando fui selecionada para participar no projeto, hesitei antes de aceitar, porque apesar de desde criança ter uma paixão pelos países bálticos, a sua cultura e arte, esta municipalidade encontra-se distante das grandes cidades e prometia possuir poucos espaços de animação e lazer. Todavia, hoje não me arrependo de ter optado por aceitar participar no projeto, porque éramos 10 voluntários de 5 nacionalidades diferentes e para além de nos apoiarmos na execução das tarefas, também foram muitos os momentos de lazer, de diversão e de companheirismo durante o projeto. Os meus colegas de voluntariado eram de Portugal, Hungria, Espanha, Itália e Áustria e as línguas que mais utilizei para comunicar com eles foram o Inglês, o Espanhol e o Português. No geral, conseguíamo-nos entender todos uns aos outros e também era divertido porque aproveitávamos para aprender algumas palavras e expressões em outros idiomas e também ensinávamos a nossa própria língua. Para além disso foi uma excelente oportunidade para ver neve pela primeira vez! Relativamente ao projeto, foram diversas as tarefas que executei, algumas mais desafiantes que outras, mas por norma eram tarefas divertidas para mim . Como sou arquiteta/designer, as atividades incluíam o design de logotipos, troféus, certificados, posters, mas também a realização de decorações para o palco do espetáculo e a realização de atividades e workshops nas escolas. No dia do show de talentos, também fiz uma exposição de desenhos que realizei ao ar livre ao longo da minha estadia em Vecpiebalga. É claro que esta atividade para mim teve um grande impacto, uma vez que não existe o hábito da prática de atividades de urbansketching nesses países, talvez devido às condições climatéricas que também foram um grande obstáculo para mim. Realizar uma exposição de uma coisa que não é habitual no país foi uma oportunidade única para divulgar e incentivar a prática de urbansketching entre os jovens em idade escolar. O maior desafio para mim foi mesmo fazer parte de uma coreografia de dança que abriria o show de talentos, visto nunca ter investido em aprender a dançar. Todavia com a ajuda dos outros voluntários que também faziam parte e com persistência, consegui fazê-lo sem falhas. Nos fins-de-semana, o grupo aproveitava para viajar para outras cidades da Letónia, onde aproveitávamos para descobrir um pouco mais do país, para fazer novos amigos e para nos conhecermos melhor. No meu caso, também aproveitava para fazer algum urbansketching. Nos dois fins-de-semana em que estive em Riga, tive a oportunidade de desenhar o interior do Edifício da Ópera, um dos ex-libris do país. Tal facto teve muita importância para mim, porque o edifício está normalmente encerrado em dias em que não hajam espetáculos e foi especialmente aberto para mim, devido à qualidade do meu trabalho. Com o objetivo do grupo de voluntários se conhecer melhor e de dar a conhecer os seus países e as suas origens, foram organizados “national evenings”, fins de tarde nos quais apresentavam as paisagens, gastronomia, símbolos, expressões, danças tradicionais e costumes dos seus países. Na verdade a gastronomia também era dada a conhecer diariamente, uma vez que como tínhamos de cozinhar as nossas próprias refeições, alguns voluntários optavam por fazer alguns pratos típicos dos seus países. Inicialmente definiram-se grupos que se encarregavam de cozinhar, assim que calhasse a sua vez e os custos das refeições eram divididos pelos comensais. Como sou semi-vegetariana, optei por cozinhar as minhas refeições. Em conclusão, foi um mês inesquecível em que fiz bastantes amigos e aprendi bastante, especialmente a trabalhar em equipa e com pessoas de diferentes nacionalidades e com diferentes perfis. Fazer voluntariado pode ser um pouco trabalhoso e até um pouco desconfortável a início devido ao esforço de integração e por não possuirmos as mesmas condições que temos em casa, mas todo o tempo de convívio e que despendemos ao serviço dos outros, enriquecem-nos a nível pessoal e fazem com que a experiência seja algo de muito positivo!

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