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Edite Fernandes, 23 anos 07/01/2013 Itália

Olá! Foi após ouvir em primeira mão a experiência de uma ex-voluntária europeia que a ideia se alojou na minha mente e não iria ficar contente até eu própria ter esta oportunidade. Um ano depois comecei a procurar projectos a sério e ver todas as possíveis experiências que poderia ter. Todos os possíveis futuros. Tantos caminhos...Turquia, Roménia, Macedónia, trabalhar com crianças, deficientes, natureza…Tive que escolher o que queria: trabalhar com jovens, organizando atividades para eles. E onde? Tantas diferenças existiam entre Portugal e o estrangeiro e eu gostava muito disto. Enviei várias candidaturas, mas a que acabou por ser aceite e me entusiasmou mais foi a de um projecto onde trabalharia com jovens e a população local numa cidade pequena em Itália. Tudo parecia bem. Bom de mais. Estava muito entusiasmada, mas o financiamento não foi aprovado no prazo estipulado por uma falha burocrática, o que resultou em mais 3 meses em Portugal. Deu-me tempo para aproveitar os amigos e pensar no meu futuro. A 7 de Janeiro estava pronta, família e amigos sabiam que iria partir para a Itália com a viagem de volta prevista para 7 meses depois. Sabia algumas coisas sobre Itália e a sua cultura, mas nada me iria preparar para todas as aventuras que por lá passei. Conheci os meus colegas de projecto através do Facebook, tinha falado com eles e visto as suas fotos. Mas eu sabia que a vida on-line não tinha nada a ver com a realidade. Éramos basicamente 5 estranhos que de repente iriam partilhar uma casa e vida. Os primeiros meses pareceram-me muito 'frios', não só porque era inverno, mas porque tudo parecia muito parado. Não conhecíamos quase ninguém, não tínhamos autonomia para trabalhar sozinhos e senti por vezes que a minha organização de acolhimento ficava feliz se nos não fizéssemos nada, algo que para mim é impensável. Foi no meu tempo livre que comecei a aperceber-me e a magicar os meus planos para aproveitar o resto dos meses que tinha lá. Iria desafiar-me, fazer coisas com as quais não me sentia confortável e tentar aproveitar ao máximo esta experiência. Demoraria muitos parágrafos a descrever todas as experiências pelas quais passei por isso vou citar algumas... - Organizar e facilitar actividades para grupos sozinha - Viajar por todo o país em várias “expedições” - Fazer uma caminhada de 2 semanas no meio das montanhas rodeada de italianos - Participar numa peça de teatro onde tive que recitar num italiano arcaico e cantar em português numa praça pública para um público de 200 pessoas - Organizar um jantar português (afinal o que é ser português?) - Conhecer pessoas de todos os cantos do mundo e aperceber-me de que no fundo somos todos iguais - Aprender uma nova língua ou duas - Colaborar semanalmente num programa televisivo (e ser entrevistada em italiano) - Fazer amigos para a vida e espalhar promessas de visitas futuras a países longínquos. Tantos lugares, pessoas e experiências que me fizeram pensar. O ser humano costuma desejar as coisas, pessoas e experiências que estão longe do nosso alcance. Mas uma das coisas que o SVE me ajudou a aperceber-me foi que posso ter todas e mais aventuras aqui. Mudei ainda mais a minha atitude perante a vida, sinto que sou uma pessoa mais feliz, olho sempre para o lado bom das coisas. Não mudaria nada. O vídeo do projecto da Edite: http://www.youtube.com/watch?v=M0okLe61Q40

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